5 de setembro de 2014

Encontrei o meu lema de vida!

Por momentos, há dias que me sinto a pessoa mais realizada do mundo. Obviamente que isto não é verdade mas há dias que correm tão bem no trabalho que até me sinto importante alguém importante.. Esmiuçando isso tudo, percebo que não tenho qualquer impacto na organização. Não há muita gente interessada em saber se tenho trabalho ou se me estão ensinar alguma coisa... Sou mais uma!
Parece um discurso um tanto ou quanto contraditório mas é exactamente isto que se passa na realidade. Ontem tive um ida muito interessante no trabalho, estive reunida com o director financeiro de um hospital que vai abrir em Angola. Aprendi imenso e participei activamente na reunião. Hoje caí na real. Estar aqui ou não estar é exactamente igual. Esta é uma empresa pequena em que existe o "patrão" e os funcionários. Dentro dos funcionários existe uma pessoa (que tem sido o meu tutor ou pelo menos eu assim o considero) que sempre que pode me dá trabalho e ensina-me coisas. Gosto muito dele. Tanto o "patrão" como uma colega que tinha ficada encarregue de me formar e fazer acompanhar aos clientes que seriam "nosso", puseram-me de parte durante meses sem que se preocupassem com o que faço. Depois de uma longa e séria conversa com o meu "tutor", chamemos-lhe assim, ele voltou a deixar-me um pouco ocupada e tenho aprendido umas coisas. Foi ele que me chamou para este projecto do hospital mas eu estou aqui quase a passar despercebida. Quando depender exclusivamente dele, eu vou estar presente e vou participar, quando as decisões não dependerem só dele, eu vou estar de fora. Exemplo disso é o que está a acontecer agora. Ontem e hoje estamos os três reunidos a definir a estrutura do projecto do zero. Na próxima semana, haverá mais três dias de reuniões mas como vai ser no Porto, eu não estou incluída. Quando comentei com uma pessoa da área financeira que estava no projecto ela respondeu que não. "Não estás! A única pessoa que está no projecto é o tutor". Se nem uma ida ao Porto que é muito importante para o arranque do projecto, a empresa está disposta a pagar, esqueçamos a ida a Angola. Enfim... Tenho de conseguir viver com este facto porque daqui a uns meses faço um ano de casa e se for pensar no que já produzi aqui vou deprimir.
O meu objectivo aqui é aprender o máximo que consiga, investir na tal pós-graduação, mestrado, inglês e mais umas quantas formações e quando o meu tutor se reformar (que, se tudo correr como previsto, deve coincidir com o término destas formações) começo a procurar uma outra empresa que me dê mais oportunidades, que me dê valor e que esteja interessado em investir em mim. Se não formos nós a puxar a carroça, ninguém vai estar lá atrás a empurrar e cada vez mais tenho assistido, de forma directa a esta constatação por isso, e se vos posso, com esta idade ensinar alguma coisa, é exactamente isto. Invistam vocês na vossa formação e carreira. Não estejam à espera que alguém o faça por vós. A partir de agora este vai ser o meu lema de vida, tanta a nível profissional como pessoal!

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