À cerca de ano e meio estive meio maluca da cabeça. Além de estar a pesar 43kg (tendo em conta que o normal seria entre 52kg e 54kg) e ter corrido imensos médicos, andei a toque de antidepressivos e calmantes. Entretanto as coisas melhoraram um bocadinho até agora. Voltei a perder imenso peso, estou neste momento com 42kg e até o meu sistema hormonal está todo alterado. A diferença é que não me sinto tão afectadinha da cabeça. Sinto que ainda consigo ter controlo sobre todos ou quase todos os meus pensamentos e acções, no entanto sinto-me na corda bamba. Parece que estou a atravessar duas montanha em cima de uma corda. Se vier uma leve rajada de vento caio. Tenho tentado controlar-me ao máximo mas há sempre qualquer coisa a moer-me a cabeça.
Durante todas aquelas idas ao médico, consultei uma doutora no Porto que me fez uma série de exames, um dos quais a 200 produtos de intolerâncias alimentares. Muita gente não sabe mas as intolerâncias alimentares podem provocar diversas doenças que vão degradando o nosso corpo ao longo dos anos sem nos apercebermos. O resultado foi o mais temido:
Basicamente sou intolerante a lacticínios, ovos, glúten e todos os seus derivados. Se pensarmos ao contrário, a única coisa que eu posso comer é carne, peixe, alguns legumes e algumas frutas. Nem bebidas alcoólicas posso. Não é que isso me faça muita diferença mas é só para terem noção da dimensão da coisa. Na altura deixei logo de beber leite porque era aquilo que eu sabia que me fazia mal logo no instante seguinte e consultei uma dietista para me ajudar a definir uma dieta sem estes alimentos. A verdade é que nunca cumpri aquele dieta. Nunca, nem um só dia. Eu sei... Fui uma paciente horrível. Foi uma dieta muito drástica. Teria de deixar de comer tudo o que como agora para começar a beber batidos de legumes com sementes que nunca tinha ouvido falar, enfim...
Neste momento estou a tomar óleo de fígado de bacalhau, isto porque quando era criança tomava muito e dava resultado mas percebi que tenho de ter mais cuidado e não posso continuar com esta atitude. É difícil mas vou ter de me esforçar mais para não voltar a bater no fundo.
