10 de dezembro de 2014

Segunda oportunidade

Ontem enchi-me de coragem e entrei em contacto com o rapaz que me fez a oferta de trabalho à cerca de dois meses. Na altura tinha aceite a proposta e apresentei a minha demissão na empresa em que estou a trabalhar, contudo e ao fim de muito pressão, acabei por ceder e voltar com a minha palavra atrás, acreditando que as coisas iam melhorar. Que a ‘gaja’ que não mexe uma palha ia ser despedida e que com isso iriam surgir mais hipóteses de trabalho, o que é certo é que a tal pessoa não foi despedida e ainda por cima, contrataram mais uma pessoa com a mesmo função que a minha. Tentaram-me iludir com uns trabalhitos das treta. Uns nem seguiram em frente e outros seguiram por serem odiados por todos mas qualquer pessoa com a quarta classe os fazia. Enfim, basicamente nada melhor, pelo contrário, cada vez me sinto mais frustrada por ter rejeitado uma proposta bem acima da média. Por um lado sinto-me frustrada mas consciência de que dei o meu melhor e dei várias oportunidades à empresa mas não posso esperar mais. Sinto-me cansada, ao fim de quase um ano nada andar para a frente. Esta empresa não tem capacidade para formar pessoas, não tem projectos para oferecer que permitam aprender do zero, não há também recursos suficientes para que isso aconteça e eu cansei-me!
Enchi-me de coragem entrei em contacto com o rapaz… No início ele pareceu-me bastante frio e confessou que e passo a citar “foi difícil de digerir” a minha decisão porque tudo indicava que eu ia aceitar. À medida que fomos conversando, e eu fui encaminhado a conversa para esse caminho, ele perguntou-me se “gostavas de reconsiderar uma ida até Angola? Estava a pensar considerar a ida do teu namorado também, se ele tivesse interessado claro.” A ida do meu namorado não sei se está em cima da mesa mas tudo depende da proposta que seja apresentada.
Combinei encontrar-me com ele na sexta-feira de manhã, antes de ir trabalhar para que ele me apresente o projecto que tem em mente. Ainda não contei a ninguém… Nem família, nem namorado, nem a amigos. Ao namorado tentei contar à hora de almoço mas ele não me respondeu a tempo e não nos conseguimos encontrar. Não lhe quero contar por mensagem nem por telefone. Ele percebe a frustração que estou a sentir e quero contar-lhe pessoalmente. Porque apesar disto poder não dar em nada, ter uma segunda oportunidade e saber que aquela porta não está fechada, é uma boa notícia. À minha mãe tenho tentado contar mas ainda não consegui. Sei que a minha mãe aceitar qualquer das minhas decisões e que quer o melhor para mim mas como mãe, sei que tem receio da minha viagem para Angola. Uma coisa é certa… Não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Se o projecto me interessar e se a proposta financeiro for semelhante à anterior (já sei que eles vão baixar a fasquia em cerca de 200€ mensais provavelmente), mas ainda assim eu aceito. Não posso cometer o mesmo erro, já sei que por mais que queira não há a mínima hipótese de crescimento aqui dentro.
Assim que tiver mais novidades partilho convosco.



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