Ontem enchi-me de
coragem e entrei em contacto com o rapaz que me fez a oferta de trabalho à
cerca de dois meses. Na altura tinha aceite a proposta e apresentei a minha
demissão na empresa em que estou a trabalhar, contudo e ao fim de muito pressão,
acabei por ceder e voltar com a minha palavra atrás, acreditando que as coisas
iam melhorar. Que a ‘gaja’ que não mexe uma palha ia ser despedida e que com
isso iriam surgir mais hipóteses de trabalho, o que é certo é que a tal pessoa
não foi despedida e ainda por cima, contrataram mais uma pessoa com a mesmo
função que a minha. Tentaram-me iludir com uns trabalhitos das treta. Uns nem
seguiram em frente e outros seguiram por serem odiados por todos mas qualquer
pessoa com a quarta classe os fazia. Enfim, basicamente nada melhor, pelo
contrário, cada vez me sinto mais frustrada por ter rejeitado uma proposta bem
acima da média. Por um lado sinto-me frustrada mas consciência de que dei o meu
melhor e dei várias oportunidades à empresa mas não posso esperar mais. Sinto-me
cansada, ao fim de quase um ano nada andar para a frente. Esta empresa não tem
capacidade para formar pessoas, não tem projectos para oferecer que permitam
aprender do zero, não há também recursos suficientes para que isso aconteça e
eu cansei-me!
Enchi-me de
coragem entrei em contacto com o rapaz… No início ele pareceu-me bastante frio
e confessou que e passo a citar “foi difícil de digerir” a minha decisão porque
tudo indicava que eu ia aceitar. À medida que fomos conversando, e eu fui
encaminhado a conversa para esse caminho, ele perguntou-me se “gostavas de
reconsiderar uma ida até Angola? Estava a pensar considerar a ida do teu
namorado também, se ele tivesse interessado claro.” A ida do meu namorado não
sei se está em cima da mesa mas tudo depende da proposta que seja apresentada.
Combinei encontrar-me
com ele na sexta-feira de manhã, antes de ir trabalhar para que ele me
apresente o projecto que tem em mente. Ainda não contei a ninguém… Nem família,
nem namorado, nem a amigos. Ao namorado tentei contar à hora de almoço mas ele não me respondeu a tempo e não nos conseguimos encontrar. Não lhe quero contar por mensagem nem por telefone. Ele percebe a frustração que estou a sentir e quero contar-lhe pessoalmente. Porque apesar disto poder não dar em nada, ter uma segunda oportunidade e saber que aquela porta não está fechada, é uma boa notícia. À minha mãe tenho tentado contar mas ainda não consegui. Sei que a minha mãe aceitar qualquer das minhas decisões e que quer o melhor para mim mas como mãe, sei que tem receio da minha viagem para Angola. Uma coisa é certa… Não vou cometer o mesmo
erro duas vezes. Se o projecto me interessar e se a proposta financeiro for
semelhante à anterior (já sei que eles vão baixar a fasquia em cerca de 200€
mensais provavelmente), mas ainda assim eu aceito. Não posso cometer o mesmo
erro, já sei que por mais que queira não há a mínima hipótese de crescimento
aqui dentro.
Assim que tiver
mais novidades partilho convosco.
Sem comentários:
Enviar um comentário